Jornal Correio da Paraíba - Milenium - 22 de dezembro de 2019
Milenium - Paraíba: Domingo - 22 de novembro de 2019 - F1
Ciência - Espaço
Telescópio espacial europeu que vai estudar exoplanetas acaba de ser lançado
Após uma falha ter atrasado o lançamento por um dia, o telescópio espacial Cheops (Characterising Exoplanet Satellite) foi finalmente lançado por meio de um Soyuz-Fregat, foguete russo com três estágios. A decolagem foi realizada no Porto Espacial Europeu em Kourou, Guiana Francesa, na madrugada desta quarta-feira (18).
O lançamento estava programado para acontecer na terça-feira (17), mas a missão foi abortada no último momento devido a uma falha nos sistemas de controle do satélite. Não foi a primeira vez que o programa foi adiado, mas na segunda tentativa, nesta quarta (18), deu tudo certo — e o telescópio já segue rumo à sua aventura espacial. O Cheops vai orbitar a Terra a uma altitude de 700 km e, por isso, também pode ser chamado de satélite.
Essa é a primeira missão da ESA (a agência espacial europeia) dedicada à pesquisa de exoplanetas, aqueles localizados fora do Sistema Solar. Diferente das missões de descobertas, o Cheops fornecerá informações importantes sobre a natureza de mundos distantes que já foram detectados - mais de 4.000 planetas exosolares já foram encontrados nos últimos 25 anos.
Embora a busca e estudo de exoplanetas seja uma das áreas da astronomia que mais crescem, ainda é muito difícil determinar as características de mundos longe de nós. Por isso, o novo telescópio fornecerá recursos adicionais para descobrirmos mais detalhes sobre esses lugares. "O Cheops levará a ciência dos exoplanetas para um nível totalmente novo", disse Günther Hasinger, diretor de ciências da ESA. Hasinger explica que, agora, após a “descoberta de milhares de planetas”, podemos nos concentrar em uma pesquisa sobre as características de cada um, “investigando as propriedades físicas e químicas de muitos exoplanetas e realmente conhecendo do que são feitos e como se formaram”.
Para isso, o telescópio observará esses planetas exatamente quando eles estiverem posicionados na frente de sua estrela-anfitriã. Nesse momento do trânsito planetário, uma fração da luz da estrela é bloqueada, de modo que os instrumentos sensíveis do Cheops poderão medir o tamanho do planeta com precisão inédita. Em alguns casos, o equipamento poderá revelar detalhes sobre a atmosfera e a possível presença de nuvens.
Com a medida dos planetas em mãos, os cientistas poderão combiná-las com as informações sobre suas massas para descobrir as densidades desses corpos. Ao unir esses dados, será possível estudar a estrutura interna e a composição dos planetas para determinar se são gasosos ou rochosos, se há uma atmosfera, e até mesmo se há presença de água. Tudo isso será fundamental na busca por possíveis formas de vida fora da Terra.
Por fim, de acordo com Hasinger, o Cheops também abrirá o caminho para as próximas missões, “desde o internacional James Webb Telescope até os satélites Plato e Ariel, da ESA, mantendo a ciência europeia na vanguarda da pesquisa de exoplanetas”.
Kate Isaak, cientista do Cheops, disse que a missão acompanhará “várias centenas” de exoplanetas, concentrando-se “principalmente nos planetas menores na faixa de tamanho entre a Terra e Netuno”. É que esses mundos parecem ser os mais comuns em nossa galáxia, e mesmo assim ainda não se sabe muito sobre eles. “O Cheops nos ajudará a revelar os mistérios desses mundos fascinantes e nos levará um passo mais perto de responder a uma das perguntas mais profundas que os humanos ponderam: estamos sozinhos no Universo?”
F2 - Meio Ambiente
Tecnologia de spray com IA pode transformar qualquer superfície em painel solar
Ciência - Espaço
Telescópio espacial europeu que vai estudar exoplanetas acaba de ser lançado
Após uma falha ter atrasado o lançamento por um dia, o telescópio espacial Cheops (Characterising Exoplanet Satellite) foi finalmente lançado por meio de um Soyuz-Fregat, foguete russo com três estágios. A decolagem foi realizada no Porto Espacial Europeu em Kourou, Guiana Francesa, na madrugada desta quarta-feira (18).
O lançamento estava programado para acontecer na terça-feira (17), mas a missão foi abortada no último momento devido a uma falha nos sistemas de controle do satélite. Não foi a primeira vez que o programa foi adiado, mas na segunda tentativa, nesta quarta (18), deu tudo certo — e o telescópio já segue rumo à sua aventura espacial. O Cheops vai orbitar a Terra a uma altitude de 700 km e, por isso, também pode ser chamado de satélite.
Essa é a primeira missão da ESA (a agência espacial europeia) dedicada à pesquisa de exoplanetas, aqueles localizados fora do Sistema Solar. Diferente das missões de descobertas, o Cheops fornecerá informações importantes sobre a natureza de mundos distantes que já foram detectados - mais de 4.000 planetas exosolares já foram encontrados nos últimos 25 anos.
Embora a busca e estudo de exoplanetas seja uma das áreas da astronomia que mais crescem, ainda é muito difícil determinar as características de mundos longe de nós. Por isso, o novo telescópio fornecerá recursos adicionais para descobrirmos mais detalhes sobre esses lugares. "O Cheops levará a ciência dos exoplanetas para um nível totalmente novo", disse Günther Hasinger, diretor de ciências da ESA. Hasinger explica que, agora, após a “descoberta de milhares de planetas”, podemos nos concentrar em uma pesquisa sobre as características de cada um, “investigando as propriedades físicas e químicas de muitos exoplanetas e realmente conhecendo do que são feitos e como se formaram”.
Para isso, o telescópio observará esses planetas exatamente quando eles estiverem posicionados na frente de sua estrela-anfitriã. Nesse momento do trânsito planetário, uma fração da luz da estrela é bloqueada, de modo que os instrumentos sensíveis do Cheops poderão medir o tamanho do planeta com precisão inédita. Em alguns casos, o equipamento poderá revelar detalhes sobre a atmosfera e a possível presença de nuvens.
Com a medida dos planetas em mãos, os cientistas poderão combiná-las com as informações sobre suas massas para descobrir as densidades desses corpos. Ao unir esses dados, será possível estudar a estrutura interna e a composição dos planetas para determinar se são gasosos ou rochosos, se há uma atmosfera, e até mesmo se há presença de água. Tudo isso será fundamental na busca por possíveis formas de vida fora da Terra.
Por fim, de acordo com Hasinger, o Cheops também abrirá o caminho para as próximas missões, “desde o internacional James Webb Telescope até os satélites Plato e Ariel, da ESA, mantendo a ciência europeia na vanguarda da pesquisa de exoplanetas”.
Kate Isaak, cientista do Cheops, disse que a missão acompanhará “várias centenas” de exoplanetas, concentrando-se “principalmente nos planetas menores na faixa de tamanho entre a Terra e Netuno”. É que esses mundos parecem ser os mais comuns em nossa galáxia, e mesmo assim ainda não se sabe muito sobre eles. “O Cheops nos ajudará a revelar os mistérios desses mundos fascinantes e nos levará um passo mais perto de responder a uma das perguntas mais profundas que os humanos ponderam: estamos sozinhos no Universo?”
F2 - Meio Ambiente
Tecnologia de spray com IA pode transformar qualquer superfície em painel solar
A busca por uma solução energética sustentável, individual e mais barata, está em alta em todo o mundo. No Brasil, de 2017 para cá, houve um salto de instalação de paineis solares, de 7,4 mil para 49 mil unidades, com um aumento de impressionantes 560%.
A tendência deve continuar e, se depender de uma nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade da Flórida Central, promete expandir mais rapidamente em médio prazo: eles trabalham em um spray, com auxílio da inteligência artificial (IA), que pode transformar qualquer superfície nas chamadas “células solares perovskite” (PSC, na sigla em inglês), capazes de tranformar luz solar em energia — assim como os tradicionais paineis solares de silicone.
Pesquisa com revestimento solar já existe há uma década (Imagem: Divulgação/Solliance)
A descoberta dessa possibilidade foi realizada já há uma década e vem sendo usada em certas rodovias e telhados, mas agora, com a ajuda do aprendizado de máquina, é possível alimentar um sistema com dados, para que o computador encontre a melhor receita para a o líquido que vai para o spray.
Ainda há alguns anos de pesquisa pela frente
O material usado no PSC converte energia fotovoltaica em energia consumível e pode ser processado no estado sólido ou líquido, oferecendo muita flexibilidade. Imagine poder pintar pontes, casas e arranha-céus com uma tinta que converteria a luz solar captada em abastecimento para a própria rede elétrica da estrutura e de sua região. E isso pode ser aplicado até mesmo em uma escala bem menor, como em dispositivos móveis, a exemplo de um smartwatch.
(Imagem: Divulgação/Solliance)
Até agora, a indústria de células solares contava apenas com silício devido à sua eficiência. Para usar amplamente o PSC, no entanto, é preciso superar uma barreira: os sprays são difíceis de fabricar em larga escala, de forma utilizável e estável. Os cientistas passam muito tempo tentando encontrar a receita certa para obter todos os benefícios — flexibilidade, estabilidade, eficiência e baixo custo. É aí que entra a IA.
Com isso, é preciso esperar mais um pouco, pois quanto mais informações o banco de dados da IA puder contar, mais o sistema poderá oferecer respostas ideais para cada solução. Isso deve levar mais alguns anos, contudo, o avanço da pesquisa promete trazer o “spray solar” mais rápido do que imaginamos.
F3 - Tecnologia / Internet / Redes Sociais
Facebook Watch fecha parceria com Band, SBT e RedeTV! para programas exclusivos
O Facebook anunciou, nesta quarta-feira (18), que fechou acordo com as emissoras Band, RedeTV e SBT para começar a distribuir conteúdos exclusivos para o Facebook Watch.
De acordo com dados do Facebook, atualmente mais de 720 milhões de pessoas assistem ao Watch por mês no mundo todo, e 140 milhões por dia, ao menos por um minuto. Além disso, esses visitantes diários costumam passar mais de 26 minutos na plataforma todos os dias, justificando a iniciativa da companhia.
"Esperamos ajudar as emissoras de TV no Watch a criar mais oportunidades para alcançar suas audiências através de formatos novos e criativos de conteúdo, e queremos proporcionar a melhor experiência social ao assistir vídeos no Facebook Watch. Trabalhar com essas parcerias é fundamental para garantir que essa conexão aconteça", disse o Facebook em comunicado oficial.
Imagem: Reprodução
Veja abaixo quais serão os programas jornalísticos de cada emissora que chegarão ao Facebook Watch no Brasil:
Band
Tudorial - Apresentado por Luiz Megale, Carla Brigatto, Helen Braun e Caio Rocha, o programa irá debater os temas escolhidos pelo público em uma enquete, além dos assuntos que estão em alta no noticiário.
#Vaidaroquefalar - Sob o comando da apresentadora Ana Paula Padrão, seis jovens com menos de 25 anos irão debater as questões enfrentadas hoje pela geração.
RedeTV!
Histórias do Dia - Erica Reis irá apresentar histórias de diferentes brasileiros sob um ponto de vista social, focando em temas do momento e nas principais notícias do dia.
SBT
SBT Mulher - O programa vai contar com a perticipação de apresentadoras de repórteres do SBT, como Rachel Sheherazade, Isabele Benito, Neila Medeiros, Thais Nunes e Simone Queiroz, falando de mulheres que vem fazendo história em diferentes áreas e compartilhando desafios.
F4 - Tablet
Não é conversa de pescador! iPad Pro com novo sensor 3D deve estrear na primeira metade de 2020
Não é novidade para ninguém que a Apple vem desenvolvendo desde o iPhone 8 mais funcionalidades relacionadas à realidade aumentada e virtual. E um novo sensor 3D promete se aprofundar ainda mais nessas tecnologias a partir do novo iPad Pro, que tem previsão de lançamento para a primeira metade do ano que vem.
"Um novo iPad Pro a ser lançado no primeiro semestre de 2020 contará com um novo módulo com dois sensores de câmera e um pequeno orifício para o sistema 3D, permitindo que as pessoas criem reconstruções tridimensionais de salas, objetos e pessoas", diz uma fonte do Bloomberg.
A Apple estaria implementando esse sistema com o sensor 3D em todos os produtos que devem chegar ao mercado a partir de 2020. Entram na lista o iPhone 5G, também para 2020; e headsets e óculos de realidade mista, que já teriam sido apresentado para mais de mil funcionários em Cupertino e podem chegar ao mercado em 2022 e 2023, respectivamente.
(Imagem: Reprodução/Apple)
As equipes de engenharia do iPhone e iPad já teriam começado a trabalhar na conexão de aplicativos e recursos de software importantes a um novo sistema operacional, denominado internamente de "rOS", e que permitirá aos dispositivos atuais se comunicarem com o headset e os óculos. E há uma boa razão para a Apple diversificar a linha de hardware para além dos smartphones: o Apple Watch continua crescendo e vendeu 50% a mais nesta temporada do que em 2018.
F5 - Windows
Microsoft vai começar a exibir alertas GIGANTES após fim do suporte ao Windows 7
Após 10 anos de serviço, a Microsoft encerrará o suporte para o Windows 7 Service Pack 1 no começo do próximo ano. Para os mais desavisados a empresa já havia avisado que deixaria de enviar atualizações de segurança e demais melhorias ao seu antigo sistema operacional, mas a lentidão com que os usuários estão trocando o sistema pelo Windows 10 fez com que a gigante de Redmond investisse em mais alertas.
Para aqueles que ainda não migraram para o Windows 10, a Microsoft promete chamar bastante atenção. Depois do dia 14 de janeiro de 2020, cada pessoa que ainda estiver usando o Windows 7 Service Pack 1 nas versões Starter, Home Basic, Home Premium, Professional e Ultimate computador receberá avisos de tela cheia para que algo seja feito. Isso sem falar que avisos "normais" já estão sendo enviados.
Se você tiver o Windows 7 Professional com o pacote de extensão de segurança, os avisos continuarão vindo no tamanho normal.
Exemplo de aviso para o encerramento do suporte ao Windows 7
No ano passado a empresa anunciou que oferecerá o Windows 7 Extended Security Updates (ESU) até janeiro de 2023 para clientes corporativos, além de ser vendido por dispositivo com seu preço aumentando a cada ano.
Em novembro de 2019, a Microsoft anunciou que o pacote de atualizações de segurança do Windows 7 também estará disponível para pequenas e médias empresas. Na semana passada, a empresa também anunciou uma nova oferta, segundo a qual os clientes corporativos que possuem licenças de assinatura ativas para o Windows 10 Enterprise E5, Microsoft 365 E5, Microsoft 365 E5 Security ou Windows VDA E5 (em 14 de janeiro de 2020) receberão o Windows 7 ESU de segurança gratuitamente no primeiro ano.
F6 - Espionagem
Apenas 53% dos sites governamentais são seguros, diz relatório
De acordo com uma investigação recente da provedora DigiCert, apenas 53% dos domínios .gov do Brasil (ou 10.551 sites), têm um certificado digital TLS/SSL. Isso significa que os dados de milhões de cidadãos que transitam pela internet não são criptografados e podem estar vulneráveis a hackers mal-intencionados ou outras pessoas que desejam interceptar dados confidenciais enviados em texto não criptografados.
O TLS/SSL de alta garantia e outros certificados digitais oferecem a certeza de que o site que você está visitando foi examinado de acordo com os requisitos globais das autoridades de certificação e garante a criptografia das informações que por ali trafegam. Dessa forma, o usuário tem uma maneira melhor de saber que o site que deseja visitar é legítimo, além de dar aos proprietários de páginas da web a possibilidade de estarem melhor protegidos contra impostores, exigindo no registro da CAA que sejam emitidos certificados OV ou EV apenas em suas propriedades digitais.
Tal qual outras empresas, o governo também precisa e deve estabelecer objetivos específicos e políticas bem pensadas para buscar a segurança e ser ágil para superar novas ameaças. Entre as proteções básicas e essenciais de segurança que o governo brasileiro pode oferecer a seus cidadãos, é exigir certificados TLS para todos os sites acessíveis ao público, como outros governos fizeram.
“É importante que governos de todo o mundo implementem boas práticas e medidas para mitigar riscos; Aspectos como saber com quem você está se conectando online são tão importantes quanto os dados que você envia quando criptografado", disse Manuel Pavón, gerente de conta para as Américas, da DigiCert.
Estados Unidos dão o exemplo
A segurança digital é ameaçada diariamente por criminosos, terroristas e inimigos estrangeiros. Diante das crescentes ameaças, os países têm a responsabilidade de fazer sua parte, para garantir que o país tenha a melhor segurança cibernética do mundo.
Um exemplo é o governo federal dos EUA, que implementou uma Estratégia Cibernética Nacional em 2018, na qual o país identificou as etapas necessárias para proteger os Estados Unidos contra ameaças cibernéticas e fortalecer suas capacidades no ciberespaço. Todos os sites publicamente acessíveis do governo federal dos EUA precisam usar certificados TLS para proteção https.
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