Jornal Correio da Paraíba - Religião - 22 de dezembro de 2019

Religião - Paraíba: Domingo, 22 de dezembro de 2018 / N1

Questão teórica: o que pode, o que não pode e porquê.

 Sacrossanctum Concilium


28. Nas celebrações litúrgicas, seja quem for, ministro ou fiel, exercendo o seu ofício, faça tudo e só aquilo que pela natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas lhe compete.

29. Os que servem ao altar, leitores, comentaristas e componentes do grupo coral exercem também um verdadeiro ministério litúrgico. Desempenhem, portanto, sua função com a piedade sincera e a ordem que convêm a tão grande ministério e que, com razão, o povo de Deus exige deles. Por isso, é necessário que, de acordo com as condições de cada qual, sejam cuidadosamente imbuídos do espírito litúrgico e preparados para executar as suas partes, perfeita e ordenadamente.

Em nome de uma mal interpretada participação na liturgia, muito se confundiu os papéis. Já vi e vivi coisas de arrepiar. Algumas do tipo: no dia do aniversário de consagração religiosa de uma freira ela tomou a cadeira presidencial e o sacerdote sentou-se no primeiro banco da Igreja. A freira “celebrou a missa” até o ofertório quando então o sacerdote tomou seu lugar junto ao altar para a liturgia Eucarística. Por mais querida que a freira seja, por mais “democrático” que o padre seja, ambos erraram fragorosamente. O lugar da freira e do leigo não é presidindo a assembleia litúrgica. Este lugar cabe ao sacerdote que o faz In Persona Christi Capitis por força do sacramento da Ordem. Não é algo ou uma prerrogativa que o sacerdote concede a si ou da qual possa dispor sem mais. É um sacramento que ele recebe da Igreja para exercê-lo em nome da mesma Igreja. Não é um cargo para que outras pessoas posam ocupá-lo. É um verdadeiro e próprio ministério que na liturgia tem lugar e ofício próprios.

Quando um fiel tenta celebrar a missa (apenas tenta porque quem de fato e de direito a preside é o sacerdote) ele incorre nalguns erros graves:

1º) A ação litúrgica nunca é particular, mas, ação da Igreja e deve ser feita consoante à mesma (Cân. 837);

2º) Cânon 1384: quem exerce ilegitimamente uma função sacerdotal ou outro ministério sagrado pode ser punido com justa pena;

3º) Nunca é lícito simular sacramento por três razões:

– trata-se sempre de uma mentira grave, pois o objeto que induz a erro é algo importante: um sacramento;

– constitui certo desprezo para com as coisas sagradas (isto é, um sacrilégio), já que implica uma certa brincadeira com os sacramentos instituídos por Cristo;

– pode constituir uma falta contra a justiça ou contra a caridade, ao negar-se ao sujeito os meios necessários ou convenientes para a sua vida espiritual. (HORTAL, Jesús. Igreja e Direito: Os sacramentos da Igreja na sua dimensão canônico-pastoral. pág. 35)

O leigo não pode presidir a assembleia. Este é um ofício do Sacerdote. “A celebração da missa é ação do povo de Deus hierarquicamente organizado” (IGMR, n. 16). A mesma Instrução Geral do Missal Romano diz que o Sacerdote tem funções próprias, presidenciais.

Instrução Geral do Missal Romano

30. Entre as partes da Missa que pertencem ao sacerdote, está em primeiro lugar a Oração eucarística, ponto culminante de toda a celebração. Vêm a seguir as orações: a oração colecta, a oração sobre as oblatas e a oração depois da comunhão. O sacerdote, que preside à assembleia fazendo as vezes de Cristo, dirige estas orações a Deus em nome de todo o povo santo e de todos os presentes . Por isso se chamam “orações presidenciais”.

31. Compete igualmente ao sacerdote, enquanto presidente da assembleia reunida, fazer certas admonições previstas no próprio rito.

32. O carácter «presidencial» destas intervenções exige que elas sejam proferidas em voz alta e clara e escutadas por todos com atenção . Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não se hão-de ouvir nenhumas outras orações ou cânticos, nem o toque do órgão ou de outros instrumentos musicais, mesmo que suaves. Pertence ainda ao sacerdote presidente anunciar a palavra de Deus e dar a bênção final. Pode ainda introduzir os fiéis, com brevíssimas palavras: na Missa do dia, após a saudação inicial e antes do rito penitencial; na liturgia da palavra, antes das leituras; na Oração eucarística, antes do Prefácio, mas nunca dentro da própria Oração; finalmente, antes da despedida, ao terminar toda a ação sagrada.

Além das orações presidenciais, ficou claro no texto acima que as BREVES intervenções devem ser do Presidente e não do leigo. Aqui já se descartam os comentários kilométricos que se faz nas missas, explicando o rito ao invés de introduzir a assembleia ao Mistério.

35. As aclamações e as respostas dos fiéis às saudações do sacerdote e às orações constituem aquele grau de participação ativa por parte da assembleia dos fiéis, que se exige em todas as formas de celebração da Missa, para que se exprima claramente e se estimule a ação de toda a comunidade .
36. Há ainda outras partes da celebração, que pertencem igualmente a toda a assembleia convocada e muito contribuem para manifestar e favorecer a participação ativa dos fiéis: são principalmente o ato penitencial, a profissão de fé, a oração universal e a oração dominical.

Claro está que a participação ativa e frutuosa do leigo, da assembléia, não se dá quando estes usurpam o ministério do sacerdote nem quando o sacerdote exerce uma função que não é sua. Não é função do sacerdote tocar o violão ou fazer as respostas. Cada sujeito litúrgico tem sua função determinada na ação litúrgica e como tal o papel do leigo é insubstituível.

Qual o lugar do leigo então?

Em primeiro lugar há que se tirar a compreensão de uma falsa competição por lugar na Igreja. Na Igreja, o ministério é sempre sinal do serviço. Certa feita estava eu numa reunião pastoral e algumas freiras e leigos faziam uma abordagem do sacerdócio como cargo, “algo a que se apegar ciosamente”. Esta visão errada está entremeada nalguns setores da Igreja para os quais o lugar do leigo é substituir o sacerdote exatamente com uma falsa compreensão do sacerdócio.

A participação ativa e frutuosa que pede o Concílio é aquela adequatio da mente à coisa, ou seja, do coração e da mente ao mistério Pascal de Cristo celebrado na liturgia. Não se resume a funções. Caso reduzisse esta participação a funções, a liturgia sofreria um empobrecimento irreparável. Um cadeirante, um idoso, um analfabeto, uma criança, uma pessoa de outra nacionalidade e outra língua tem, de fato, pouco “espaço” para fazer coisas na liturgia. Nem por isso participam com menos intensidade do Mistério.  A maioria dos leigos dentro de um templo não faz nenhuma função vistosa na liturgia. Eles permanecem em seus bancos e nem por isso participam menos ou com menor intensidade, com menos santidade ou com menor proveito espiritual da liturgia. Este mito de que “participação” litúrgica é sinônimo de “fazer coisas para todo mundo ver” precisa cair afim de que a verdadeira participação ativa e frutuosa seja promovida.

O leigo não pode fazer as orações presidenciais (a oração do dia, a oração sobre as oferendas e a oração depois da comunhão).
O leigo não pode oferecer o pão e o vinho nem consagrar a hóstia e o cálice.
O leigo não pode simular sacramento (celebrar no lugar do padre).
O leigo não pode distribuir a sagrada comunhão, a menos que seja delegado de modo extraordinário para auxiliar o sacerdote a cujo ministério está ordenada esta função.
O leigo não pode apresentar o cálice durante a doxologia (Por Cristo, com Cristo em Cristo..).
O leigo não pode apresentar âmbulas ou hóstias durante a doxologia.
O leigo não pode proclamar o evangelho na missa.
O leigo não pode fazer a homilia.
O leigo não pode rezar o embolismo nem a oração da paz junto com o Padre (Livrai-nos de todos os males… Senhor Jesus Cristo dissestes aos vossos Apóstolos…).
O leigo não pode rezar nenhuma parte da Oração Eucarística (diálogo inicial, prefácio, narrativa da instituição e consagração, anamnese, oblação, segunda epiclese e intercessões) que é reservada ao sacerdote, somente as respostas que são próprias da epiclese, oblação, segunda epiclese e intercessões, as respostas do diálogo inicial antes do Prefácio, a aclamação após a Consagração, o canto ou recitação do Santo e a resposta após a Doxologia. A mesma começa no diálogo inicial “O Senhor esteja Convosco. Ele está no meio de nós. Corações ao alto. O nosso coração está em Deus. Demos graças ao Senhor, nosso Deus. É nosso dever e nossa salvação. Na verdade, ó Pai, é justo e necessário...” e prossegue até o Amém da doxologia (Por Cristo, com Cristo em Cristo…).
O lugar do leigo é na assembléia e não no presbitério. A menos que tal leigo seja o acólito que auxilia o sacerdote junto ao altar.
Os Ministros Extraordinários da Comunhão não são acólitos.
Os acólitos possuem funções próprias. A função do MESC é somente de auxiliar o sacerdote na distribuição da comunhão e, eventualmente, preparar alfaias e vasos sagrados para a missa caso não haja sacristão na Igreja.

Espero ter podido contribuir para uma melhor participação ativa e de fato frutuosa na celebração eucarística.

M2

Soluções de vários casos - Incidentes durante a Santíssima Eucaristia

Podem acontecer acidentes durante a Missa, tais como cair um inseto dentro do vinho consagrado ou o Celebrante passar mal. Apesar de serem detalhe e raridade, são situações que acontecem e devem ser objeto de preocupação sobre o modo de corretamente proceder em suas ocorrências. Para isto, recorremos ao Missal antigo, visto que o Missal de Paulo VI não dispõe dessas orientações práticas e, assim, é enriquecido com resoluções centenárias e eficientes. Certamente não será bobagem ou preocupação desnecessária àqueles que se preocupam com a Santíssima Eucaristia e com a dignidade do culto. Imaginamos que todos se preocupam.

Canto apropriado para ser ouvido durante a leitura


***

Canon Missa rito ambrosiano casula romana dourada missal


1. A igreja ou o lugar onde é celebrada a Missa é profanado

Se se deu antes da Oração Eucarística, o Celebrante retira-se do altar; se foi durante a Oração Eucarística, continua a Missa.

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2. Ocorre algo que impeça a celebração naquele momento, tal como inundação, ataque ou desabamento

O Celebrante, se ainda não consagrou [as duas Espécies], retira-se; se já tiver consagrado, pode comungar imediatamente, adiantar a comunhão, e omitir as restantes cerimônias.

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3. O Celebrante ou morreu ou desmaiou ou se acidentou ou subitamente fica enfermo, de modo que não pode mais concluir o Sacrifício

Se isto lhe sucedeu antes da Consagração ou depois da Comunhão, a missa é interrompida imediatamente. Se, porém, sucedeu depois da consagração da Primeira Espécie e antes da consagração da Segunda Espécie, ou depois de ambas já estiverem consagradas, a Missa deve ser continuada por outro sacerdote a partir do lugar em que foi interrompida, mesmo por um sacerdote que não esteja em jejum. Se não se sabe onde se parou a celebração, julga-se pela posição do Missal, da hóstia etc. Se se duvida se tinha feito a Consagração, repete-se a Consagração sob condição [desta não ter ocorrido], sobre a mesma ou nova matéria.

Se o acidente aconteceu quando o Celebrante estiver a meio da fórmula da Primeira Consagração, não é necessário continuar a Missa, pois a Consagração não foi realizada. Se, porém, aconteceu em meio à fórmula da Segunda Consagração, o Sacerdote que continua a Missa repete a fórmula da Consagração a partir do “Do mesmo modo…”, ou sobre o mesmo cálice ou sobre outro oferecido (refere-se a um cálice com novos vinho e água e com a oração do ofertório) mentalmente, e, neste caso, toma o vinho do primeiro cálice semiconsagrado depois de comungar o Preciosíssimo Sangue, antes das purificações ao fim da Comunhão.

Se o Sacerdote que adoeceu pode comungar, o Sacerdote que continua a Missa dá-lhe a comungar e dá o restante ao que passou mal.

*

4. Um inseto ou qualquer impureza cai dentro do cálice antes da Consagração

O Celebrante depõe aquele vinho num vaso que depois da Missa esvaziará segundo uma purificação digna em um local apropriado; coloca no cálice outro vinho e água, oferece-o (segundo a oração do ofertório) mentalmente e continua a Missa.

Se foi depois da Consagração e pode tomar sem repugnância aquela impureza juntamente com o Preciosíssimo Sangue, continua a Missa sem se perturbar.

Se sente repugnância, extrai a impureza, põe-na num vaso, purifica-a com vinho (se for inseto e ele ainda estiver vivo, se tenha cuidado de não perdê-lo de vista), e continua a Missa. Depois da Missa, queima aquela impureza e dispõe a cinza junto à purificação que é feito às alfaias depois da Missa.

*

Diácono água vinho cálice Missa
“Da nobis per huius aquae et vini mysterium, eius divinitatis esse consortes, qui humanitatis”
“Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do Vosso Filho…”

5. Cai no cálice algo venenoso ou que provoca vômito

Se isso acontece antes da Consagração, o Celebrante procede  como no número 4.

Se acontece depois da Consagração ou, se tendo caído antes e só for notada depois da Consagração, o Celebrante coloca o vinho consagrado em outro cálice, prepara novo vinho para a Missa, oferece-o, consagra-o e continua a Missa. Depois desta, molha um pano de linho com o Preciosíssimo Sangue e põe no sacrário até que a Espécie do vinho estar inteiramente seca. Queima o tecido e dispõe a cinza dignamente. Depois, dissolve as espécies do vinho e derrama a água no sacrário.

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6. Algo venenoso toca na hóstia consagrada

Põe-na em outra patena ou num cálice para guardá-la no sacrário até se corromper, prepara uma nova hóstia, oferece-a, consagra-a e continua a Missa. Depois de corrompida, dá-lhe destino digno.

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7. Fica dentro do cálice a partícula da hóstia consagrada e misturada ao Sangue no Rito da Comunhão

Isso pode acontece quando o Celebrante vai comungar do Sangue. Ele a traz com o indicador até a borda do cálice e a toma antes da purificação deste, ou coloca um pouco de vinho no cálice e toma-a quando beber o líquido.

*

8. A hóstia aparece partida ou cortada

Se foi antes do ofertório, o Celebrante põe-na à parte e pega outra hóstia, a não ser que tenha de esperar muito.

Se foi depois do ofertório e antes da Primeira Consagração, o Celebrante deve consagrá-la.

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9. Por descuido ou acidente, a hóstia consagrada cai dentro do cálice

Se só parte da hóstia caiu, o Celebrante continua a Missa, fazendo todas as cerimônias e o habitual sinal da Cruz, se for possível, com a outra parte da hóstia.

Se caiu no cálice a hóstia inteira, o Celebrante não a retira, mas omite na continuação da Missa todas as cerimônias que devia fazer com ela. Consome juntamente o Corpo e o Sangue de Jesus, persignando-se com o cálice dizendo: “O Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo me guardem para a vida eterna”.

*

LISA JOHNSTON | lisa@aeternus.com  lisajohnston@archstl.org  His Eminence Raymond Cardinal Leo Burke | Prefect of the Apostolic Signatura | Archbishop Emeritus of St. Louis in front of the shrine to the Sacred Heart of Jesus in the Cathedral Basilica of S
Cardeal Burke mantém os dedos indicadores e polegares junto durante o Cânon
em Missa celebrada nos EUA em agosto de 2013
(Copyright Lisa Johnston)

10. Num frio intenso, o vinho consagrado se congela

O Celebrante cerca o cálice de panos quentes ou, se for preciso, mergulha-o com cuidado num vaso com água quente, junto do altar, até a Espécie se liquefazer novamente.

*

11. Alguma gota do Preciosíssimo Sangue cai

Se caiu no pavimento ou num lugar de madeira, o Celebrante recolhe-a, se possível, com a língua, senão com um pano de linho; em seguida, raspa a madeira, deixa enxugar as raspas e o pano e queima tudo e se desfaz da cinza dignamente, bem como purifica assim o instrumento com o qual se serviu para raspar.

Se caiu na pedra do altar ou na patena ou no pé do cálice, recolhe-a como dito anteriormente, lava esse lugar e se desfaz dignamente da água de purificação.

Se caiu no corporal, nas toalhas, nos paramentos ou no tapete, lava por três vezes o dito lugar e se desfaz dignamente da água de purificação.

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12. Todo o vinho consagrado se derrama

Se sobraram apenas algumas gotas no cálice, toma estas na Comunhão e, quanto à parte derramada, procede como nos números anteriores sobre isto.

Se não ficou nada no cálice, prepara, oferece e consagra um novo vinho com água, com as palavras ''Do mesmo modo...'' e continua a Missa.

*

13. O Celebrante vomita todas as Espécies que comungou

Se recebê-las de novo causaria repugnância, deve retirá-las e pô-las num vaso no Sacrário até ficarem corrompidas, desfazendo-se dignamente delas depois.

Se, por não se distinguirem as Espécies, elas não possam ser novamente comungadas pelo Celebrante, este embebe o vômito em pano de linho e o queima e se desfaz da cinza.

*

14. Uma hóstia ou fragmento cai

Se foi no chão, recolhe-se com reverência, lava-se o lugar, raspa-se e destas se desfaz dignamente.

Se foi numa toalha ou em qualquer outro pano, lava-se o lugar com todo o cuidado e se desfaz dignamente da água de purificação.

*

15. Encontra-se uma hóstia sobre o altar, na patena ou num vaso

Se há dúvida se foi consagrada, guarda-se no sacrário, mas não no cibório, para ser consumida na Missa depois da Comunhão do cálice.

***

A solução destes casos inspirará ao Celebrante como ele poderá resolver qualquer outro imprevisto que possa acontecer, sempre tendo como regra a prudência e o bom senso, com a reverência devida a tão augusto Mistério.

M3

Você também tem a sensação de que o Natal está chegando cada vez mais cedo? Os shoppings, na ânsia de conquistar os clientes, acabam lançando suas decorações natalinas ainda em outubro ou novembro! Sem contar quando você encontra lojas vendendo enfeites e guirlandas já em setembro...

A árvore de Natal é um dos mais tradicionais símbolos cristãos relacionados ao nascimento de Jesus Cristo. De acordo com a Igreja Católica, ela representa a vida, já que, durante o inverno do Hemisfério Norte, época em que ocorre o Natal por lá, o pinheiro é única árvore que não perde suas folhas. Nós falamos mais sobre sua história como símbolo natalino neste artigo.

Mas você sabia que existe um dia certo para você montar a árvore de Natal? Conforme toda tradição, ela possui uma série de significados. A montagem do pinheirinho deve ser iniciada apenas no primeiro domingo do Tempo do Advento, que ocorre quatro domingos antes do Natal em si. Ou seja, em 2019 essa data será em 1 de dezembro – você vai aguentar esperar até lá?

Preparação da árvore
Mas não pense que é só esse dia chegar que você pode sair montando a árvore toda de uma vez, hein? “Até o segundo domingo do Tempo do Advento, tudo ainda é muito sóbrio, mesmo nas leituras feitas nas missas. É só a partir do terceiro domingo que a Bíblia começa a falar do nascimento de Jesus. Esse é o momento, portanto, de intensificar a decoração da árvore”, explica o padre Gustavo Haas.

O mesmo vale para o presépio: primeiro você coloca a gruta e depois os enfeites, os animais, os pastores, a manjedoura e o cenário em geral. Jesus, Maria, José, os anjos e a estrela só devem chegar à decoração o mais próximo possível do dia 25 de dezembro. Outro detalhe para quem quer levar as tradições à risca: o presépio foi criado por São Francisco de Assis para simbolizar a humildade do menino Jesus – então, enfeites sofisticados, cheios de luzinhas, devem ser evitados.

E quando devemos desmontar a árvore e o presépio?
Essa data todo mundo sabe, não é mesmo? É em 6 de janeiro, também conhecido como o Dia de Reis ou Epifania. Mas você sabe o que isso simboliza? Trata-se da data em que os Três Reis Magos, Melchior, Baltasar e Gaspar, chegaram a Belém e conheceram o menino Jesus. É o dia de guardar os pisca-piscas, as luzes e os enfeites e ir pensando no próximo feriado - aliás, o Carnaval está logo aí!

Para a Igreja Católica, é nesse dia que se encerram as expectativas para o Natal, ou seja, para o nascimento de Jesus Cristo. A partir daí, os Reis Magos se encarregaram de levar a novidade a todos os povos do mundo e a Igreja começa um novo ciclo litúrgico.

Pode parecer piada, mas até 1967, praticamente 21 anos antes da inauguração do Manaíra Shopping (1989), o Dia de Reis (6 de janeiro), o dia de São José (19 de março), o dia de São Pedro (29 de junho), o dia da Assunção de Nossa Senhora (15 de agosto), o dia de Todos os Santos (1 de novembro) e a festa da Ascensão do Senhor eram feriados nacionais no Brasil. Obrigavam a assistência à missa, eram dias santos de guarda. O trabalho era vedado, exceto em casos excepcionais, como os serviços públicos. Comércio e bancos fechados, estabelecimentos comerciais abertos até meio-dia, ponto facultativo nas repartições públicas estaduais e municipais, jornais não circulavam no dia seguinte, redações dos jornais não funcionavam.

Com a nova legislação implantada no País, os feriados nacionais e pontos facultativos foram drasticamente reduzidos, passando a ser considerados dias santos apenas os seguintes: Natal, 1 de janeiro, Sexta-feira Santa, Corpus Christi e Imaculada Conceição (8 de dezembro). Passaram a ser feriados apenas os seguintes dias: Confraternização Universal (1 de janeiro), Tiradentes (21 de abril), Dia do Trabalho (1 de maio), Independência do Brasil (7 de setembro), Nossa Senhora Aparecida (12 de novembro), Finados (2 de novembro), Proclamação da República (15 de novembro) e Natal (25 de dezembro). Passaram a ser pontos facultativos apenas os seguintes dias: Carnaval, Quarta-feira de Cinzas, Corpus Christi, Dia do Servidor Público (28 de outubro), Véspera de Natal (24 de dezembro) e Véspera de Ano-Novo (31 de dezembro). Isso exclui os feriados estaduais e municipais, como o dia da Consciência Negra (20 de novembro), São João (24 de junho), Santo Antônio (13 de junho), São Pedro (29 de junho) e aniversário de fundação dos municípios e estados.

A CNBB sugeriu aos párocos e vigários que cientifiquem os fiéis deste fato, para evitar mal-entendidos ou confusões.

M4

Missa de preceito, o que raios é isso?

Para começo de conversa:

Quarta-feira de Cinzas, Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão, Sábado de Aleluia, Nossa Senhora Aparecida e Dia de Finados não são dias de preceito, embora sejam feriados nacionais ou pontos facultativos. (na Sexta-feira Santa seria impossível, porque não se celebra missa neste dia).


Cânon 1246 - § 1. O domingo, dia em que por tradição apostólica se celebra o mistério pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como o dia de festa por excelência. Devem ser guardados igualmente o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania, da Ascensão e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria, Mãe de Deus, de sua Imaculada Conceição e Assunção, de São José, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e, por fim, de Todos os Santos.


§ 2. Todavia, a Conferência dos Bispos, com a prévia aprovação da Sé Apostólica, pode abolir alguns dias de festa de preceito ou transferi-los para o domingo.*



Cânon 1247 - No domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa; além disso, devem abster-se das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo.


Cânon 1248 - § 1. Satisfaz ao preceito de participar da missa quem assiste à missa em qualquer lugar onde é celebrada em rito católico, no próprio dia de festa ou na tarde do dia anterior.

§ 2. Por falta de ministro sagrado ou por outra grave causa, se a participação na celebração eucarística se tornar impossível, recomenda-se vivamente que os fiéis participem da liturgia da Palavra, se houver, na igreja paroquial ou em outro lugar sagrado, celebrada de acordo com as prescrições do Bispo diocesano; ou então se dediquem à oração por tempo conveniente, pessoalmente ou em família, ou em grupos de famílias de acordo com a oportunidade."


"- Quanto ao cân. 1246, §§ 1 e 2:

São festas de preceito os dias de Natal do Senhor Jesus Cristo, do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria Mãe de Deus, e de sua Imaculada Conceição. As celebrações da Epifania, da Ascensão, da Assunção de Nossa Senhora, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e a de Todos os Santos ficam transferidas para o domingo, de acordo com as normas litúrgicas.

A festa de preceito de São José é abolida, permanecendo sua celebração litúrgica." Porém, no dia 1º de maio, feriado nacional do Dia do Trabalho, honramos a São José Operário; essa festa foi instituída pelo Papa Pio XII, em 1955.

M5

As etapas de um processo de canonização


Antigamente somente o Papa podia promover uma causa de canonização, mas hoje em dia, os bispos têm autoridade para isso. Portanto em qualquer diocese do mundo pode-se iniciar uma causa de canonização.

Para cada causa é escolhido pelo bispo um postulador, espécie de advogado, que tem a tarefa de investigar detalhadamente a vida do candidato para conhecer sua fama de santidade.

Quando a causa é iniciada, o candidato recebe o título de Servo de Deus, que é o caso de Irmã Dulce. O primeiro processo é o das virtudes ou martírio. Este é o passo mais demorado porque o postulador deve investigar minuciosamente a vida do Servo de Deus. Em se tratando de um mártir, devem ser estudadas as circunstâncias que envolveram sua morte para comprovar se houve realmente o martírio. Ao terminar este processo, a pessoa é considerada Venerável.

O segundo processo é o milagre da beatificação. Para se tornar beato é necessário comprovar um milagre ocorrido por sua intercessão. No caso dos mártires, não é necessária a comprovação de milagre. Irmã Lindalva passou a ser Venerável em 16 de dezembro de 2006, quando o decreto do seu martírio como serva de Deus foi promulgado. Agora é aguardada a cerimônia da beatificação, já que ela é dispensada de milagre.

O terceiro e último processo é o milagre para a canonização. Este tem que ter ocorrido após a beatificação. Comprovado este milagre o beato é canonizado e o novo Santo passa a ser cultuado universalmente.

M6

Por que a data da Páscoa varia a cada ano?

A Páscoa é um feriado determinante para o ano letivo escolar e a data dos feriados. Mas por que a data da Páscoa varia tanto?

São datas móveis, ao contrário de outros feriados fixos, como 21 de abril (morte de Tiradentes), 7 de setembro (Independência do Brasil), 1 de maio (Dia do Trabalho), 1 de janeiro (Confraternização Universal), 12 de outubro (Nossa Senhora Aparecida), 2 de novembro (Finados), 15 de novembro (Proclamação da República) ou 25 de dezembro (Natal).

De acordo com a Bíblia, Jesus teve a última ceia com seus discípulos na noite da Páscoa judaica, foi morto no dia seguinte (sexta-feira santa) e retornou no domingo, quando se comemora a Páscoa cristã. O início da Páscoa judaica é determinado pela primeira lua cheia após o equinócio da primavera, que pode acontecer em qualquer semana.

Para assegurar que a Páscoa caia no domingo, o Concílio de Niceia, realizado em 325 DC, determinou que a Páscoa deveria ser celebrada no primeiro domingo de lua cheia do equinócio de primavera. Mas há um problema: se a primeira lua cheia cair em um domingo, a Páscoa judaica será celebrada uma semana antes da Páscoa. Para confundir ainda mais, o Concílio de Niceia estabeleceu que a data do equinócio de primavera seria 21 de março, dia em que ocorreu o concílio, e introduziu uma tabela para definir a data das luas cheias que não está alinhada com a dos dias atuais.

A data mais cedo para comemorar a Páscoa ocorre quando a primeira lua cheia do equinócio cai no dia 21 de março, em um ano em que esta data cai em um sábado. Assim, a Páscoa é celebrada no domingo, 22 de março. Já a data mais tardia para a comemoração da Páscoa acontece quando a primeira lua cheia cai no dia 20 de março. Assim, a primeira lua cheia após 21 de março só aparecerá 29 dias depois, em 18 de abril. Caso 18 de abril caia em um domingo, a Páscoa é celebrada em 25 de abril.

Várias propostas já foram consideradas para mudar a forma como a data da Páscoa é calculada, mas até que haja um consenso, a data continuará variando em um espaço de cinco semanas. A partir da Páscoa, calculam-se as datas do domingo de Carnaval, segunda-feira de Carnaval, terça-feira de Carnaval, Quarta-feira de Cinzas, Domingo de Ramos, Segunda-feira Santa, Terça-feira Santa, Quarta-feira Santa, Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão, Sábado de Aleluia, Domingo de Páscoa, Ascensão do Senhor, Pentecostes, Santíssima Trindade e Corpus Christi.

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