Português - Fonologia (2)
Encontros Vocálicos
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias.
É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas.
Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato.
Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal. Por exemplo:
sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal. Por exemplo:
pai (a = vogal, i = semivogal)
c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca. Exemplos:
pai, série
d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.Por exemplo:
mãe
Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal. Exemplos:
Paraguai - Tritongo oral
quão - Tritongo nasal
quão - Tritongo nasal
Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Por exemplo:
saída (sa-í-da)
poesia (po-e-si-a)
poesia (po-e-si-a)
Saiba que:
- Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes.
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Encontros consonantais
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos:
- os chamados próprios, que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se...
- os chamados impróprios, que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta...
Existem também encontros consonantais que misturam ambos os tipos, os chamados mistos: fil-tra-ção, dis-pli-cên-cia, des-tre-za...
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go...
Dígrafos
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra. Por exemplo:
lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras. Por exemplo:
bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras.
Na palavra acima, para representar o fonema |xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h.
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos.
Dígrafos consonantais
Letras | Fonemas | Exemplos |
lh | lhe | telhado |
nh | nhe | marinheiro |
ch | xe | chave |
rr | Re (no interior da palavra) | carro |
ss | se (no interior da palavra) | passo |
qu | que (seguido de e e i) | queijo, quiabo |
gu | gue (seguido de e e i) | guerra, guia |
sc | se | crescer |
sç | se | desço |
xc | se | exceção |
Dígrafos vocálicos
Registram-se na representação das vogais nasais.
Fonemas | Letras | Exemplos |
ã | am | tampa |
an | canto | |
![]() | em | templo |
en | lenda | |
![]() | im | limpo |
in | lindo | |
õ | om | tombo |
on | tonto | |
![]() | um | chumbo |
un | corcunda |
Observação:
"Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero...) Nesse caso, "gu" e "qu" não são dígrafos, mas sim ditongos. Também não há dígrafos, mas sim ditongos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).
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