Português - Sintaxe (11)

Concordância verbal

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito.

Sujeito Simples

Regra Geral

O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos:
A orquestra      tocou      uma valsa longa.
3ª p. Singular    3ª p. Singular
Os pares  que  rodeavam a nós dançavam bem.
3ª p. Plural        3ª p. Plural

Casos Particulares

Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir.
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
Por Exemplo:
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia.
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados. Por Exemplo:
Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento.
Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto.

Concordância verbal (casos particulares II)

2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe:
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas.
Obs.: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que exprimem reciprocidade ou quando a expressão vier repetida, o plural é obrigatório:
Por Exemplo:
Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam um ao outro)
Mais de um deputado, mais de um senador tiveram aumento salarial.
A lógica da gramática não é a mesma lógica da matemática. Ainda que, segundo a matemática, mais de um signifique dois, três, quatro etc., concordância verbal não se faz com a ideia, exceto nos casos de silepse.
3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular. Quando  artigo no plural, o verbo deve ficar o plural.
Exemplos:
Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
Alagoas impressiona pela beleza das praias.
As Minas Gerais são inesquecíveis.
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha.
4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Veja:
Quais de nós são / somos capazes?
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras.
Obs.: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no singular.
Por Exemplo:
Qual de nós é capaz?
Algum de vós fez isso.

Concordância verbal (casos particulares III)

5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo.
Exemplos:
25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.
1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número. Veja:
25% querem a mudança.
1% conhece o assunto.
6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente do pronome.
Exemplos:
Fui eu que paguei a conta.
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida.
Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem.
7) Com a expressão "um dos que", embora alguns gramáticos considerem a concordância facultativa, a preferência, principalmente em documentos oficiais, artigos científicos e redações, é pelo uso do verbo no plural, para concordar com a palavra que antecede o pronome relativo “que”.
Por Exemplo:
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas.
Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance.
Atenção:
Na linguagem coloquial e literária, o que se ouve, efetivamente, são construções como:
"Ele foi um dos deputados que mais lutou para a aprovação da emenda".
Ao compararmos com um caso em que se use um adjetivo, temos:
"Ela é uma das alunas mais brilhante da sala."
Ao invertermos as frases, fica claro que o emprego das formas no plural está adequado:
"Das alunas mais brilhantes da sala, ela é uma."
"Dos deputados que mais lutaram pela aprovação da emenda, ele é um".

Concordância verbal (casos particulares IV)

8) Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome, quando se pretende fazer uma concordância enfática.
Exemplos:
Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta.
Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.
9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
Por Exemplo:
Vossa Excelência é diabético?
Vossas Excelências vão renunciar?

Relembrando os principais pronomes de tratamento - uso cerimonioso ou oficial:
Vossa Alteza (V. A.) - príncipes, duques e arquiduques
Vossa Eminência (V. Ema.) - cardeais
Vossa Excelência (V. Exa.) - altas autoridades do Governo e oficiais-generais das Forças Armadas
Vossa Magnificência (V. Maga.) - reitores de universidades e de outras instituições de ensino superior
Vossa Majestade (V. M.) - reis e imperadores
Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Revma.) - bispos e arcebispos
Vossa Paternidade (V. P.) - abades, superiores dos conventos
Vossa Reverendíssima (V. Revma.) - sacerdotes e religiosos em geral
Vossa Santidade (V. S.) - papa, Dalai Lama
Vossa Senhoria (V. Sa.) - funcionários públicos graduados, oficiais até coronel, pessoas de cerimônia. Normalmente se usa em textos escritos, como cartas comerciais, ofícios, requerimentos etc.
10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral.
Por Exemplo:
Deu uma hora no relógio da sala.
Deram cinco horas no relógio da sala.
Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, badalada, torre, campanário, igreja ou algo semelhante, o verbo concordará com esse sujeito. Por exemplo:
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais:
Haver no sentido de existir;
Fazer indicando tempo;
Aqueles que indicam fenômenos da natureza.
Exemplos:
Havia muitas garotas na festa.
Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.

Concordância verbal (sujeito composto)

Sujeito Composto

1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo e ambos são da 3ª pessoa gramatical, a concordância se faz no plural:
Exemplos:
Pai e filho conversavam longamente.
  (Sujeito)
Pais e filhos devem conversar com frequência.
  (Sujeito)
2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira.Veja:
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
              Primeira Pessoa do Plural (Nós)

Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
       Segunda Pessoa do Plural (Vós)

Pais e filhos     precisam     respeitar-se.
         Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa e um da terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural.  Aceita-se, pois, a frase: "Tu e teus irmãos tomarão a decisão."
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação.
Por Exemplo:
Faltaram coragem e competência.
Faltou coragem e competência.
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no pluralObserve:
Abraçaram-se vencedor e vencido.
Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar no plural ou no singular.
Por Exemplo:
Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação ou enumeração, o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito.
Por Exemplo:
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem / satisfaz.
No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há na combinação. No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento da série.

Concordância verbal - sujeito composto (casos particulares II)

3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos, com sentido de adição.
Por Exemplo:
Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular, com sentido de exclusão. Por exemplo:
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada.
Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um)
Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou", com sentido de sinonímia, o verbo fica no singular: A função conativa ou apelativa tem a finalidade de convencer.
Com sentido de retificação, o verbo concorda com o núcleo mais próximo: O diretor principal ou os diretores aprovaram o projeto.
Porém, quando essa conjunção liga termos antônimos, o verbo vai para o plural: A alegria ou a tristeza estão na agenda de qualquer ser humano.
4) Com as expressões "um ou outro" "nem um nem outro", a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado.
Por Exemplo:
Um ou outro compareceu / compareceram à festa.
Nem um nem outro saiu / saíram do colégio.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" tem sentido muito próximo ao de "e". Veja:
O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre.
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento.
O pai com o filho montou o brinquedo.
O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre.
  Obs.: com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as expressões "com o filho" e "com o secretariado" são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da ordem. Veja:
"O pai montou o brinquedo com o filho."
"O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretariado."
6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda""não somente"..., "não apenas...mas também""tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural.
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste.
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia.
7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor. O verbo deixa de concordar com o sujeito para concordar com o aposto. É um caso especial.
Por Exemplo:
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas.

Outros Casos

O Verbo e a Palavra "SE"

Dentre as diversas funções  exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal:
a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
b) quando é partícula apassivadora.
Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivostransitivos indiretos, de ligação e transitivos diretos seguidos de objeto direto preposicionado ,que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país.
Confia-se em teses absurdas.
Era-se mais feliz no passado.
Ama-se aos pais.
Quando  pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração.
Exemplos:
Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.
Não se pouparam esforços para despoluir o rio.
Não se devem poupar esforços para despoluir o rio.

O Verbo "Ser"

A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o  predicativo do sujeito.
O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:
a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes  - isto, isso, aquilo, tudo, o e o predicativo estiver no plural.
Exemplos:
Isso são lembranças inesquecíveis.
Aquilo eram problemas gravíssimos.
O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos.
b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo no plural.
Exemplos:
Nosso piquenique   foram      só     guloseimas.
       Sujeito       Predicativo do Sujeito
              
Sua rotina     eram    só      alegrias.
Sujeito         Predicativo do Sujeito
Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito. Por exemplo:
Gustavo era só decepções.
Minhas alegrias é esta criança.
Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento sobre o outro. Por exemplo:
A vida é ilusões.
c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem. Por exemplo:
Que são esses papéis?
Quem são aquelas crianças?

O Verbo "Ser" (continuação)

d) Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o verbo ser concorda com o numeral.
Exemplos:
É uma hora.
São três da manhã.
Eram 25 de julho quando partimos.
Daqui até a padaria são dois quarteirões.
Saiba que:
Na indicação de dia, o verbo ser admite as seguintes concordâncias:
1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia. Por Exemplo: Hoje é dia quatro de março.
2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia.
Por Exemplo: Hoje são quatro de março.
3) No singular: Concorda com a ideia implícita de dia.
Por Exemplo: Hoje é quatro de março.
e) Quando o sujeito indicar quantidade: peso, medida, preço, tempo, valor e for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo ser fica no singular.
Exemplos:
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Duas semanas de férias é muito para mim.
Um é pouco, dois é bom, três é demais.
f) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o verbo. Por exemplo: 
No meu setor, eu sou a única mulher.
Aqui os adultos somos nós.
Obs.: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo concorda com o pronome sujeito.
Por Exemplo:
Eu não sou ela.
Ela não é eu. 
g) Quando o sujeito for uma expressão de sentido partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo ser concordará com o predicativo. Por exemplo:
A grande maioria no protesto eram jovens.
O resto foram atitudes imaturas.

O Verbo "Parecer"

O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias:
a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. Por exemplo:
Alguns colegas pareciam chorar naquele momento.
b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre  flexão. Por exemplo:
Alguns colegas parecia chorarem naquele momento.
Obs.: a  primeira construção é considerada corrente, enquanto a segunda, literária.
Atenção:
Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular. Por exemplo:
As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.)
Se o verbo for pronominal, há somente o período composto. Por exemplo:
Os eleitores parece queixarem-se dos escândalos políticos.
A dupla flexão, ou seja, variar simultaneamente o verbo parecer e o infinitivo, é considerada incorreta. Por exemplo:
As brincadeiras parecem alegrarem a criançada.
As pescarias pareciam darem vida nova a meu pai.

A Expressão "Haja Vista"

A expressão haja vista admite as seguintes construções:
a) A expressão fica invariável (seguida ou não de preposição). Por exemplo:
Haja vista as lições dadas por ele. ( = por exemplo)
Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. ( = atente-se)
b) O verbo haver pode variar (desde que não seguido de preposição), considerando-se o termo seguinte como sujeito.
Por exemplo:
Hajam vista os exemplos de sua dedicação. ( = vejam-se)

Como conectivo, não existem as formas haja visto, haja vistos ou haja vistas, a não ser em comédias e na fala dos deputados. Haja visto é tempo composto do verbo ver.

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